quinta-feira, 15 de junho de 2017

Como Deus nos avalia


“Então, Jesus lhe disse: Hoje, houve salvação nesta casa, pois que também este é filho de Abraão” (Lucas 19:9).

Essas palavras foram ditas a Zaqueu, o publicano. Mas, aos olhos dos perplexos habitantes de Jericó, Jesus estava dando atenção a um homem que não merecia nada senão desprezo. Era como jogar pérolas aos porcos. O gesto de Cristo, entretanto, foi uma mostra de como Deus nos trata.

Um beduíno caminhava sedento pelo deserto. De acordo com a lenda, ele avistou, ao longe, uma fonte d`água, e correu em sua direção. E permaneceu ali até matar a sede. Parecia que jamais havia tomado água tão cristalina e preciosa. Naquele instante, lembrou-se de seu rei e imaginou que este ficaria feliz se pudesse experimentar um pouco daquela água. Encheu seu velho cantil e voltou para sua terra. Sem demora, dirigiu-se ao palácio real. Mas o beduíno não estava ciente de que o pobre estado do cantil de couro dera à água um sabor rançoso. Indo à presença do soberano, ofereceu-lhe a água, exaltando suas qualidades. O rei tomou do cantil e dele bebeu na presença de seus conselheiros. E confirmou a preciosidade da água.

Feliz da vida, o beduíno retornou a sua casa. Impressionados com a atitude do rei, seus conselheiros manifestaram o desejo de experimentar a água. Esta, porém, tinha um gosto horrível. Então, quiseram saber como o rei achara boa aquela água. E ouviram a seguinte explicação: “O que experimentei, e achei maravilhoso, não foi a água, mas sim o amor do súdito”.

Jesus deu atenção a Zaqueu, mas não por causa de sua riqueza. Além do mais, o publicano não tinha boa reputação. O Mestre, contudo, achou precioso o amor que estava brotando naquele coração outrora egoísta. “Zaqueu ficou abismado, num deslumbramento, e silencioso em face do amor e da condescendência de Cristo em rebaixar-Se até ele, tão indigno. Então o amor e a lealdade para com o Mestre que acabava de achar, lhe descerraram os lábios. Resolveu fazer pública sua confissão e arrependimento” (DTN, p. 554).

Não há nada em nosso caráter que nos recomende a Deus. Nossa justiça é comparada a trapos imundos e repelentes. Deus, no entanto, não olha para os nossos defeitos, mas para nossa resposta de amor, que é muito preciosa à Sua vista. Maria Madalena, quando ungiu os pés de Jesus, estava dizendo que O amava profundamente. Não foi o precioso perfume que cativou o Mestre, mas o amor que havia brotado num coração que, outrora fora habitado por demônios.

por Amilton Menezes
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